Relacionamentos Virtuais: O Amor na era Cibernética

     

(*) Por Jânio Oliveira

 
         

 

16/maio/2016

 

Olá, Caríssimos Leitores:

 

Em meio à nova febre cibernética brasileira, o "Facebook", este fenômeno dos relacionamentos virtuais da Era Digital – desde há muito, propalado, badalado nos EUA, foi criando em mim enorme vontade para escrever algo relativo a sentimentos. Porém, algo que falasse de “sentimentos na era cibernética”, afinal, todo mundo tem, absolutamente, uma história de amor pela Internet para contar e às vezes, não conta por pura vergonha e medo de se expor.

 

Fundamentalmente, o amor virtual é diferente do real, mas pode ter relações próximas e até reais. Sabe aquela história de “quando o virtual cai na real”. Pois é...

 

Simplesmente coisa de “nerd” ou de adolescente, aquele ou aquela que fica horas e horas madrugada afora em frente ao computador – teclando, comunicando-se, maioria das vezes, com pessoas de origem desconhecida, e às vezes, de procedência duvidosa, cujo caráter pouco confiável – simplesmente porque se encanta com sua foto miniatura ou com sua habilidade no uso do vernáculo.

 

 

 

Talvez, quem sabe, entrando no campo da psicologia, uma maneira de exorcizar a timidez típica da idade – quiçá um jeito novo e inusitado de desenvolver sua auto-estima e auto-afirmação. Infelizmente, este é o lado sombrio dos relacionamentos virtuais amorosos, onde a inocência das pessoas em se comunicar com o “desconhecido” pode levá-las ao pior. É exatamente aí onde mora o perigo.

 

Aliás, deixamos aqui um alerta: em tempos de relacionamentos na Web, todo cuidado é pouco. Muita atenção com quem fala, com quem se comunica, com quem tecla. Você pode estar entrando num caminho sem volta. Todavia, esse não é o propósito do artigo, isto é, mostrar o lado sombrio da “teia”. O que pretendemos aqui é focar, evidentemente, na importância das redes sociais como instrumento de relação e inter-relacionamento amoroso daqueles ou daquelas que se propõem a navegar neste oceano imerso em “bits”.

 

Assim, à medida que íamos escrevendo o presente artigo, lembrávamos de outro que produzi: “Comunidades Virtuais e as novas Formas de Relacionamento Humano”, constituindo assim, o ponto de partida para uma série de outros artigos. Tentávamos aproveitar esse momento de prazer para jogar inspiração. E cá está o resultado que ora trazemos em primeira mão para o caríssimo leitor. Ops! caríssimo internauta! Oxalá, consigamos proporcionar prazer na leitura aqui proposta, afinal, há quem diga que não existe assunto que desperte tamanho interesse em ler do que aquele que se refere a “sentimentos”. Verdade seja dita!

 

Há quem diga ainda que a vida somente tem sentido, que só é feliz quem nutre um grande e inesquecível amor. Aquele amor verdadeiro, regado, evidentemente, por um “amor romântico”. E o clima do texto parece que vai bombar...! Esse, portanto, é o nosso anseio, prender a atenção do internauta / leitor até o final.

 


Imagem: Reprodução Internet

 

Hoje, está mais do que claro que as redes sociais são utilizadas para diversos fins. Seja para compartilhamento de conhecimento, seja para troca de informações, status social, seja para alimentar uma paquera, um ponto de vista ou, na pior das hipóteses para mostrar seu alto índice de popularidade (neste caso, pura asneira – conheço gente que sai adicionando pessoas que nunca teve contato só para mostrar a Deus e ao mundo o número expressivo de sua extensa lista de amigos kkkkkkkkkkkkkkk – só que não! Merece ou não merece uma gargalhada?). Nem precisa responder! Apesar de não termos uma "bola de cristal", já sabemos sua resposta.

 

Mas chega de "preâmbulo" e apertemos os cintos para esta viagem cibernética e nos deixemos levar por este clima apaixonante, ou melhor: seguremos o coração e nos deixemos levar por este contagiante artigo...

 

 

…“Automatic Lover” - I Am Robot Automatic Lover... Robot Automatic Lover – Quem não lembra dessa inesquecível canção interpretada por Dee D. Jackson,  veiculada no final da década de 70. Naquela época o homem criou um mundo em que a máquina (robô) era dotada de sentimentos e que terminou apaixonando-se por uma mulher real.

 

Imagem: Reprodução Internet

 

Um robô (computador inteligente – será que existe e ainda apaixonado?). Uma visão fictícia para a época, contudo real para um futuro não muito distante – há quem achasse isso. Imaginava-se algo possível lá para o ano 2010 por aí. A máquina dotada de sentimentos, com capacidade própria para amar, “dom” existente somente ao ser humano. Embora vivamos cercados pelas máquinas e suas tecnologias, percebe-se que é pura imaginação criada pelos aficionados do mundo digital.

 

Mas com o avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), sobretudo da Internet, mediante utilização de computadores em rede, surgem novas comunidades no planeta - as “cybercomunidades” – as chamadas redes de relacionamento virtuais.

 

Imagem: Reprodução Internet

 

Um mundo novo, uma nova era. A “Era Cibernética” como ficou conhecida. Por aqui a grande sacada é o “relacionamento em rede”, tal qual seria no mundo real, como muito bem dizia o saudoso Chacrinha: “quem não se comunica se trumbica”. Essa frase é mais do que indispensável para que sejamos bem-sucedidos hoje em dia, seja no aspecto pessoal, seja em nível profissional, quer seja no mundo real, quer seja no mundo virtual, embora este último, “frio” no sentido da palavra afetiva e “distante” do ponto de vista geográfico e não poderia ser diferente. Mas, paradoxalmente, aqui, no mundo virtual há vida inteligente sim, troca de experiências, discussões, exposições de opinião, sentimentos, encontros, desencontros e até mesmo reencontros. É uma nova civilização que surge, não de caráter concreto mas, sobretudo, virtual, uma civilização invisível, digital, moderna, plugada em “bits” ou “bytes” como queiram. Freud certamente aprovaria essa práxis. A geração “y” que nos diga e que não nos deixe mentir, a qual, traz uma nova forma de se relacionar, onde o computador surge como peça chave, “inteligente”, difusor da comunicação e dissipador de sentimentos – o chamado “testa de ferro” – o hardware, a parte dura – lembra dos conceitos iniciais de informática?

 

Assim, em meio a esta nova era, inúmeras são as histórias de amizades, namoros e casamentos que acontecem a partir desta nova forma de se relacionar! Contudo, parece algo irônico, fictício ou até mesmo inusitado. Como pode: “máquinas” se relacionando?

 

Imagem: Reprodução Internet

 

Venhamos e convenhamos: sabe-se que os “computadores” por mais modernos que sejam, não pensam e nem têm sentimentos, obviamente! Isto nos faz lembrar das sábias palavras de Michio Kaku:

 

“...os computadores não têm bom senso e não possuem visão real.

Podem enxergar, mas não compreendem o que veem e ouvem”.

 

É claro que por trás destas máquinas frias, insensíveis e “não-pensantes” existem seres humanos “pensantes”, cérebros humanos, comandando-as, relacionando-se mutuamente. São eles – os seres humanos que fazem acontecer, claro, tirando os “chatos de plantão” – aqueles que postam asneiras ou que hostilizam opiniões alheias, sem fundamento. São eles, seres pensantes que provocam o diálogo, a troca de experiências, compartilham, sobretudo, sentimentos. É o vislumbre do mundo moderno. Um mundo virtual que compatilha emoções reais. E através das máquinas (computadores) formam-se as “cybercomunidades”, comunidades que embora virtuais, emanam sentimentos e valores próprios, reais, na verdadeira acepção da palavra!

 

Imagem: Reprodução Internet - Kryst@l de AMor

 

E, em meio a esse clima paradoxal de sentimentos: real versus virtual, virtual versus real, o coração do mortal acelera e como acelera! Neste momento sedutor, faz-nos parafrasear o genial Charles Chapplin, outrora, muito utilizada por mim em meus discursos enquanto Paraninfo dos meus 17 anos como Professor Universitário de TI - tempos inesquecíveis que não voltam mais:


“...não, não sois máquinas, homens é que sois”.


Decerto, quer sejamos máquinas (no sentido figurado, claro!) quer sejamos “simples” mortais, a coisa flui e com muita intensidade!

 

Fenomenalmente, este é o Mundo Cibernético! Indubitavelmente, um ambiente capaz de aproximar pessoas, ainda que geograficamente distantes e permitir o relacionamento inter-pessoal. Por aqui as coisas são ágeis, acontecem e se propagam na “velocidade da luz”.

 

E nessas linhas finais, por que não citar novamente o fenômeno que surgiu há pouco tempo para aproximar pessoas e empresas em todo o mundo, o “FACEBOOK” ou, simplesmente, “Face” no linguajar da nova geração? Essa rede social, cujo nome formado por 8 letras, tem dado muito o que falar nos "quatro cantos do mundo", através da qual, “compartilhar e curtir” são suas palavras de ordem!

 

Imagem: Reprodução Internet

 

Certamente vivemos em um mundo conectado, um ambiente incrível e surreal que mudou a maneira com que o planeta se comunica, interage, relaciona-se e até se apaixona! Tudo isso a um clique! Uma doce rotina, na qual não dá mais pra viver sem! Uma nova era, embora virtual, repleta de sentimentos, valores e experiências. Por aqui existe vida sim e é real.

 

E você, já compartilhou, já curtiu alguma coisa hoje? Se não, provavelmente, perdeu fatos e conteúdos importantes, ou não!

 

Um abraço e até o próximo artigo!!!

 

 

 

(*) Jânio Oliveira é um profissional de TI apaixonado por Tecnologia que gosta de escrever e usar a World Wide Web para fins de pesquisa e aperfeiçoamento profissional.