Educação no Trânsito e Assuntos Similares

 
 

Por Osvaldo Vieira de Matos

 
     
 

20/junho/2017

 
     
     
 
 
     
 

Se você for uma pessoa chata, “caxias”, exigente, do tipo “cri-cri”, acredito que este assunto vai lhe interessar.  Fiquei em dúvida sobre como iniciar o mesmo, como engrenar “a primeira” e dar a partida. Vou iniciar com dois enfoques idênticos, procurando redigir algo um pouco diferente. No primeiro ninguém vai entender porque ele está aqui, só depois, no segundo, é que a coisa vai “clarear”.


Todo mundo observa que no vidro traseiro de muitos carros  vem  uma mensagem, cada uma com uma característica diferente, mas a que predomina é de caráter religioso. Já vi diversas vezes escrito algo assim ou similar: “Propriedade exclusiva do Senhor Jesus”. Recentemente encontrei um ex-colega saindo de uma caminhonete  Toyota cabine dupla novinha e aí perguntei: “Ah rapaz, parabéns, é sua?” Ele ficou sério e com o dedo indicador apontou para cima, para o céu, com um gesto claro que não era dele e sim de Deus, do Pai Celeste. Vige, fiquei morto de vergonha com aquela minha indagação idiota, me senti um verdadeiro ateu naquele momento.


Bem, eu sou totalmente leigo sobre este assunto. Daí, eu não entendo absolutamente nada quando a pessoa que dirige um carro que não é de sua propriedade, mas de Jesus,  vai vender ou trocar o mesmo. Aí indago: Como é que o motorista do veículo entra em contato com Jesus para pedir autorização ao Mesmo para vendê-lo ou trocá-lo?  E se o veículo for multado, a multa vem em nome de quem, já que o proprietário é Jesus?


Bem, deixe prá lá este meu comentário idiota. Agora vamos para o destaque principal desta matéria. Veja bem: Um dia desse eu vi uma mensagem no fundo de um carro que achei bastante inteligente e oportuna, relacionada diretamente com um dos aspectos da educação no trânsito. Eis o teor: “Ao mudar de direção ligue a sinaleira, pois ninguém é obrigado a saber que lado você vai tomar”. Gostei bastante. Quem dirige e observa atentamente o trânsito  constata que tem muito motorista que para ele não tem a mínima utilidade os retrovisores interno ou externo nem a alavanca para mudar a direção “direita ou esquerda”. No momento de mudar de direção ou estacionar eles não estão nem aí para o carro que está na sua traseira. Falta por parte dos órgãos competentes uma campanha educativa específica para o trânsito. Isto seria extremamente útil em qualquer cidade do país.

 


Outra coisa que acontece aqui com muita frequência e que contribui diretamente para o engarrafamento é o que se chama de fila indiana, que é o seguinte: Quando se chega numa esquina que tem um sinal  de trânsito, todo condutor, após a abertura do mesmo, só tem duas opções – ir em frente ou mudar de direção. Mas muitas vezes ele para o carro exatamente bem no meio da rua enquanto aguarda o sinal verde. O outro veículo que chega na sua traseira também  procede da mesma forma, aí vai se formando uma fila única. Ora, o lógico, o racional no trânsito ao se chegar numa esquina com sinal vermelho é se parar em um dos lados, o direito ou esquerdo, deixando assim o outro lado para o outro veículo que chegar, pois aí quando o sinal abrir haverá o deslocamento paralelo  sempre de dois carros e não de um em um, agilizando assim o fluxo de veículos. As vezes também o sinal é aberto e o motorista da frente continua parado, sendo necessário que se buzine. E por que isso? Simplesmente porque ele está olhando as mensagens no seu telefone.


Mão inglesa: também já observei que alguns motoristas ao entrarem à esquerda, sem o mínimo preparo de condução, adotam o sistema do que se chama “mão inglesa”, ou seja, entram “colado” pelo lado esquerdo e aí se deslocam por alguns metros na contra mão, podendo colidir com quem está vindo corretamente pelo lado direito.


Outro aspecto negativo que também observo, mas aí é somente durante a noite e com o carro do motorista que quero criticar estando parado. Vamos lá: Em ruas de mão dupla alguns motoristas param o carro no lado da contra mão e deixam os faróis acesos. Quem vem dirigindo pelo lado correto, o direito, é obvio que vai ficar com a visão ofuscada, o que não deixa de ser desconfortável e perigoso, pois naquele momento alguém pode atravessar a rua e não ser bem visualizado.


Na realidade problemas relacionados com o trânsito não são coisas  para se comentar num simples artigo como este aqui. Podemos sinteticamente exprimir em três palavras a questão básica deste assunto: Falta de educação de muitos motoristas, individualismo e despreparo para dirigir. A educação ao volante é algo extremamente complexo, pois pode ser oriunda já de berço, da educação familiar. O automóvel é uma das invenções mais úteis ao ser humano, mas infelizmente grande parte das pessoas não possui a mínima condição de dirigi-lo, mesmo tendo sido aprovado numa Auto-Escola.  Tem muita gente que seria bem mais apto para “dirigir” uma carroça com um jumento do que um carro. Infelizmente existem pessoas que diante de um volante transforma o seu caráter, a sua dignidade, o seu bom comportamento social em algo semelhante ao que se chama de “bicho do mato”, a um animal selvagem. Torna-se agressivo, violento, como se a prioridade no trânsito naquele momento fosse exclusivamente sua.


Vou voltar ao trânsito nas ruas e contar  uma coisa recente que me deixou  perplexo e horrorizado aqui em nossa província, digo cidade. Eu vinha dirigindo pela Rua Itabaiana e ao chegar no início da Itabaianinha, já em frente ao “Cacique Chá” começou um engarrafamento, aquela lentidão. Ora, era ainda 16:00 horas, que diabo estava  acontecendo lá adiante, uma batida? Depois do cruzamento da São Cristovão aí eu pude ver o motivo disso a uns 10 metros na minha frente. Dois enormes carros de mão desses vendedores de frutas que colocam em cima aqueles cestos bem largos, de forma que ficam praticamente quase na largura de um veículo, estavam se deslocando no sentido norte. Bem, aí você pode indagar como esses dois simples carros de frutas desses pobres coitados estavam obstruindo aquela rua? Veja só, eles não estavam um atrás do outro e sim  lado a lado, deixando assim um “funil” no seu lado direito para o transito fluir. Os veículos que ultrapassavam os mesmos tinham que proceder de forma bem lenta e cuidadosa. Eles dois se deslocavam conversando na maior tranquilidade, empurrando seus carros sem a mínima pressa, sem a mínima preocupação com o absurdo, com a irregularidade que estavam cometendo naquele momento. Os pedestres na calçada ficaram observando perplexos  aquela “cara de pau” dos mesmos, que, de propósito, como num sinal de protesto, não estavam  tendo a mínima preocupação com o engarrafamento que estavam provocando. Ora, aqueles pobres coitados estavam trabalhando, procurando meios para sustentar suas famílias, mas para tudo na vida existem limites, tolerâncias e respeito.


Ahhh, você pode identificar o tipo de motorista que é mal educado e burro ao mesmo tempo? Vou lhe dizer. É bastante natural que qualquer motorista ao parar seu carro em frente da casa de alguém, dê um leve toque na buzina para chamar uma pessoa no interior da mesma, uma buzinada de frações de segundo, tudo bem. Mas tem alguns que chegam e aí BAAAMM, BAAAMM, de forma bem agressiva. Isto até bem cedinho ainda ou depois das 22:00 hs. Esta é característica da falta de educação a que me refiro. E a burrice? A burrice é quando numa faixa de quatro segundos após a primeira buzinada, o motorista começa tudo de novo BAMMM, BAMMM. Na mente estúpida dele, o mesmo acha que a pessoa que está no interior da casa deve  se deslocar de dentro para fora  na velocidade do projétil de uma arma de fogo. E se a pessoa estiver sentada num vaso sanitário? Vai parar de fazer cocô e sair correndo sem se limpar? Vige Maria.


E o motorista idiota? É aquele que estando lá atrás num engarrafamento, os carros todos parados  e aí ele começa a buzinar, como se lá na frente os outros condutores fossem se apressar dizendo: “Chega minha gente, pelo amor de Deus vamos andar logo, porque lá atrás tem uma autoridade, uma pessoa importante que está com pressa”. Vejamos outro motorista que aí não sei classificar se é idiota ou metido a besta. Trata-se do seguinte caso: quando se sai ao volante do interior de um estacionamento, muitas vezes a rua da saída está bastante movimentada. Aí o ideal é que quem vai sair com seu carro, dê com uma simples olhada para o motorista que vai passar pela sua frente. Um simples olhar significa de forma clara um pedido de licença para poder sair, basta isto e geralmente quem está na preferencial autoriza a sua saída. Mas tem alguns motoristas que ao sair do estacionamento assim o faz com o vidro do seu lado totalmente fechado com o vidro “fumê”, totalmente invisível. Ora, eu mesmo se estiver na preferencial ignoro totalmente o mesmo e vou em frente. Acho que este tipo de condutor (que está saindo) se acha muito importante e aí não quer se humilhar pedindo, implorando, suplicando que lhes deixe sair.


 Ahhh, você já sentiu aquele cheirinho delicioso de cocô de cavalo vindo do para-lama do seu carro? Não é uma delícia? Bem, se você mora em algumas ruas da zona sul da cidade acredito que não sabe o que é isso. Agora vá pra zona norte meu “fio”, pra você sentir o que é isso na pele, digo, nas narinas ou nas ventas, como diz o matuto. Na zona norte, praticamente a cada 100  metros  na maioria das ruas você encontra essa “maravilha da natureza”. E por que este comentário aqui? O que tem a ver com nosso trânsito? Nada, mas tem a ver com a higienização do seu veículo, do seu bem estar. Faço esta narrativa porque a uns 20 anos atrás fui com a família passear no triângulo Minas, São Paulo e Rio.  Lá no interior de Minas (já naquele tempo), em todas as carroças e charretes que circulavam pelas ruas elas possuíam uma espécie de coletor de couro, coisa rústica, barata, e aí as fezes dos animais não caiam nas ruas. Hoje, no século 21, em nossa província, digo, cidade, não existe a mínima preocupação  das autoridades competentes neste sentido. Como é que pode? Então é porque estamos no nordeste que temos que aturar fedor de bosta de cavalo nas ruas? Uma vez eu comentei isto com um vereador de nossa cidade e ele me pediu que eu entrasse em contato com alguma prefeitura daquelas cidades para obter maiores informações sobre o assunto. Não é piada viu.

  
Numa conversa informal que tive com o Prof. Jânio Oliveira ele também comentou  sobre alguns absurdos que o mesmo observa diariamente no seu deslocamento em nossa cidade. Citou a imprudência de muitos motoristas que de forma irresponsável provocam o “fechamento de cruzamento” em muitas ruas. Disse que na rua onde ele  mora existem vários edifícios residenciais, onde alguns moradores dos mesmos que possuem mais de um carro estacionam os mesmos nos dois lados em toda extensão da rua, que sendo de mão dupla, termina por dificultar o deslocamento de um só veículo. Também citou que algumas madames mandam seus motoristas pararem exatamente em frente a entrada de um desses edifícios, causando um verdadeiro caos e em consequência sucessivas brigas, discussões e buzinadas.

 


Também destacou a falta de civilidade de muitas pessoas, motoristas ou passageiros, que do interior dos seus carros jogam diversas coisas nas ruas, com destaque para latas de cerveja. Jogar coisas nas ruas é uma constante de países de terceiro mundo. Nos países nórdicos ou no Japão, por exemplo, nem se pensar em jogar uma ponta de cigarro, pois a multa é pesada. O governo federal poderia, por exemplo, fazer uma campanha pela TV mostrando às pessoas “civilizadas” das nossas cidades, como os índios selvagens do Xingu mantêm suas aldeias limpas. Muitas das nossas ruas vivem cheias de lixo jogados pelas pessoas “civilizadas” e aí quando vem uma tromba d´água, as “bocas de lobo” ficam entupidas e não dão vencimento para o escoamento da água, causando enchentes. Aí vão querer reclamar das autoridades.


Existem ruas em nossa cidade, que em termos topográficos, quando se designa “Rua Dr. Fulano de Tal”, são tão estreitas, que o correto seria “Beco Dr. Fulano...”. Nestes casos parar carros em ambos os lados e utilizando-se a mesma como mão dupla é um verdadeiro absurdo. Na rua que eu moro, no Bairro Santo Antônio, pode-se parar dois ônibus um ao lado do outro e o trânsito fluir normalmente nos dois sentidos pelo centro dos mesmos, bem, mais essa minha rua fica na zona norte, dos cocôs dos cavalos.


E as “blitzs” em pontos estratégicos, onde além da documentação mede-se o teor alcoólico do condutor, você concorda? Todos sabemos que quem for pego com um índice acima de um determinado valor tá f... (aquela palavra indecorosa que começa com a letra “f”). Paga-se uma multa enorme e ainda pode-se ter a habilitação apreendida não é? E por que esta exigência? Ora, porque o motorista alcoolizado está mais propenso a causar um acidente, é claro, embora isso não signifique que  acontecerá  com todos. Eu tenho um amigo que é totalmente favorável a Lei Seca, pois ele alega que basta tomar um copo de cerveja que o mesmo passa a ver tudo na sua frente em dobro. Quer dizer, ele toma-se como um referencial, como um modelo para justificar a aplicação dessa Lei.


Mas vamos agora verificar um outro aspecto sobre acidentes no trânsito. O motorista não tomou uma colher de chá de bebida alcoólica, mas de forma irresponsável invade um sinal vermelho ou uma preferencial, e aí BUMMM. O que acontece? Vem o órgão específico, faz a perícia, registra o B.O. e aí pronto, o problema passa a ser do seguro, do acordo entre as partes e fim de papo. Então eu agora indago: Qual é a pior situação em termos lógicos, quando o motorista é severamente punido porque ele encontra-se numa situação (alcoolizado) que poderá causar um acidente, ou quando ele lúcido de forma irresponsável causa o acidente?


Outra coisa. É sobre o pagamento do estacionamento em certos pontos da cidade. Cada um apresenta seu ponto de vista, seus argumentos favoráveis ou contra, algo indiscutível. Eu sou  favorável, pois  não trabalho no centro e só vou lá poucas vezes, não demorando mais que duas horas estacionado. Agora  o que acho um grande absurdo é que ao parar em um local tenha que ficar com a cara prá cima, olhando para um lado ou para outro procurando o responsável pelo pagamento ou então procurando um local, uma lojinha onde se tira o tiket. Aí é perda de tempo.

  
E os flanelinhas nas esquinas dos sinais de trânsito? Taí um assunto extremamente polêmico, discutível. Não resta dúvida que numa grande onda de violência e desemprego existente em nosso país, é  válido que muitos jovens procurem esta forma de ganhar alguns trocados, isso não é  nada de mais. Mas tudo na vida tem seus limites, suas tolerâncias. Em primeiro lugar nem sempre quem dirige o veículo tem em mãos moedas, que hoje é algo difícil de se conseguir, nem mesmo os bancos fornecem mais para seus clientes. O que é  extremamente chato e desagradável, é que para muitos desses flanelinhas isto não é problema deles, alegam que aceitam receber em papel, ou seja, R$ 2,00 (dois reais). Só que este valor também está ficando difícil (claro, em papel) e nem sempre é justificável para um “trabalho” que dura somente alguns segundos, como a simples limpeza dos vidros traseiro e dianteiro que se pague tal valor. Além do mais, em nossos deslocamentos pela cidade passamos várias vezes por cruzamentos com semáforos num mesmo dia e aí teríamos que toda vez nos submeter a este pagamento? Alguns flanelinhas ao se aproximarem do veículo através de um simples gesto indaga se pode limpar os vidros. Já outros são extremamente ousados e aí já chegam jogando água no vidro traseiro, não importando se o mesmo está limpo. Acham que agindo assim o motorista é forçado a pagá-los.  As vezes até mesmo  com chuva eles acham que estão no direito de lavar os vidros, ora, tenha paciência.


E os estacionamentos nas calçadas? As vezes numa rua estreita e bastante movimentada, o motorista estaciona seu carro na calçada por alguns minutos, mesmo assim ocupando uma pequena faixa da mesma. Aí por azar passa o órgão fiscalizador e então o veículo é multado. E por que isso? Ora, é claro, lógico e evidente que calçada não é lugar para carro e sim para pedestre. Você leitor com toda certeza concorda com isto não é? A calçada tem que ficar livre durante todo o dia. O pedestre deve ser respeitado. Mas vamos lá, suponhamos que um motorista foi multado por tal motivo, porque estacionou seu carro por alguns minutos na calçada, mas se este mesmo motorista for o proprietário de uma lanchonete por exemplo, aí ele pode ocupar toda a calçada durante todo o dia com mesas e cadeiras, de forma que mal possa circular um gato, como existem dezenas de casos em nossa cidade, aí não tem problema, o pedestre que “se lixe”. E agora? Onde fica o direito do pedestre? Isto sem falar das oficinas de moto, carros, etc.


Buracaju ou Buracolância? Tenho um amigo com parentes na cidade de Vitória/ES, cujo chefe da família se aposentou e vieram de carro passear pelo nordeste, com trajeto pelas capitais costeiras até Fortaleza. O motorista disse que ficou perplexo com a enorme quantidade de buracos em nossas ruas ou irregularidades no asfalto ou calçamentos com paralelepípedos. Passaram a evitar por aqui o deslocamento no período noturno, pois a todo momento tomavam susto passando sobre buracos que não podiam visualizar  com antecedência. Registre-se aqui de forma veemente que este comentário não tem qualquer fundamente de caráter político, pois os buracos da nossa cidade são bastante antigos. Aí tem um ditado que diz: “Sergipe é o país do forró”. Pode-se também acrescentar que “Aracaju é a capital dos buracos”.

 

Ôpa, me desculpe, acho que exagerei no tamanho do meu artigo não foi? Vou terminar por aqui. Se você leu o mesmo integralmente parabéns. Acho que você não é tão chato como mencionei no início.

 

 
     
   

Osvaldo Vieira de Matos

Natural de Aracaju/SE, casado, Professor aposentado da Escola Técnica Federal de Sergipe (hoje IFS), onde lecionou as cadeiras de Projetos de Redes Elétricas, Desenho Técnico e Transformadores. Integrou o corpo técnico da então Empresa Distribuidora de Energia em Sergipe S/A – ENERGIPE, como eletromecânico. Atuou como Coordenador do Núcleo de Eletrificação Rural daquela empresa, durante 17 anos. Como representante da então ENERGIPE participou de simpósios sobre eletrificação rural nas cidades de Acapulco no México e Lima no Peru. Atualmente, há vários anos que se dedica como voluntário na SOFISE – Sociedade Filarmônica de Sergipe, na correção de textos de trabalhos publicados, edição de vídeos e no programa radiofônico Sementes Musicais.