"LIDERAR: A ARTE DA TRANSFORMAÇÃO"

 

01/junho/2016

Uma marca indelével da contemporaneidade é a mudança célere...E esse enunciado se aplica com muita propriedade ao LÍDER. Atualmente, o líder deve ser muito mais um SÁBIO que um TÉCNICO. Deve acompanhar todas as mudanças, saber compartilhar, saber investir nas pessoas, para que elas deem o melhor de si mesmas. Qualquer pessoa, de qualquer idade, que atue na vida nessa perspectiva, é líder. "...Todos somos líderes em potencial, em estado germinativo, latente..." ( CABRAL, 1996). O MITO do Líder Nato já se esboroou e em outras oportunidades aprofundaremos essa questão, mas vale ressaltar que essa ideia foi implantada pelo sistema feudalista, objetivando a perpetuação da dominação, o traço hegemônico que permeava as relações dos senhores feudais com seus comandados. O

 

argumento " ser líder é de berço, é herdado, o líder já nasce pronto" sedimentava o ritual de passagem do PODER de pai para filho.

 

Todos somos líderes em potencial... e a manifestação dessa competência é algo de variáveis subjetivas e objetivas: depende da predisposição do sujeito, do desejo de liderar e depende das possibilidades da ambiência, do estímulo dos grupos onde estamos inseridos e das oportunidades e necessidades que emergirem.

 

Liderar é uma maneira de agir, uma maneira de ser e fazer ( modus vivendi e modus operandi), não é algo somente de fora, somente para outros, para pessoas famosas, de destaque: é uma parte natural da vida. Liderar é desenvolver a visão do que é possível e ser capaz de INSPIRAR outros a contribuir para a realização dessas possibilidades.

 

Ser líder significa desenvolver competências e talentos internos integralmente. Nossa vida está imbricada em sistemas, começando pelo nosso sistema interno( organismo ) , familiar, profissional, social, comunitário, até os sistemas da natureza: solar, do universo etc. Integramos, direta ou indiretamente, todos eles e as influências são mútuas.

 

Para ser um bom líder, é preciso que saibamos primeiro liderar bem nosso sistema interno, pois o autoconhecimento é a chave da direção. Antigamente, os líderes pautavam sua atuação nas preleções, ordens, sanções e o autocontrole era muito frágil. Quem assim se comporta nos dias de hoje, perde a CONDIÇÃO de ser líder.

 

Após a autodescoberta, flui o conhecimento dos sistemas que estão no nosso entorno, para que vivamos de forma CONGRUENTE, condição sine qua non para liderar, para termos a credibilidade da comunidade onde atuamos cotidianamente.

 

Outras características imprescindíveis ao líder AUTÊNTICO: agir de forma que todos os envolvidos saiam ganhando, saber ouvir, empatizar, ter humildade, simplicidade, enfim, ser modelo de equilíbrio, harmonia, respeito, congruência, coerência. O líder democrático, autêntico, fixa os objetivos do grupo tendo em vista a causa COMUM, procura conquistar a cooperação voluntária e a simpatia dos subordinados, alicerçando sua autoridade sem autoritarismo, sedimentando a disciplina do grupo numa solidariedade de propósitos; alimenta uma grande Fé humana e comunga sonhos e ideais, pois acredita que para um grande sonho tornar-se realidade, a primeira condição é uma grande capacidade de sonhar; a segunda é a perseverança: a Fé no sonho!